Revistas Antigas de Skate



Marcelo Viegas · São Bernardo do Campo, SP
20/10/2009 · 47 · 4
Por Marcelo Viegas e Leonardo Brandão

O início da prática do skate no Brasil ocorreu durante a década de 1960, época bastante conflituosa de nossa história, pois compreende um período marcado pelos anos iniciais da Ditadura Militar no país (1964-1985). Segundo o pesquisador Tony Honorato, “há rumores do surgimento do skate no Rio de Janeiro em 1964, mas como nada foi documentado torna-se difícil apontar o ano de forma precisa”.

A década de 1960 foi um período agitado tanto política quanto culturalmente, pois registra uma das ascensões mais interessantes dos últimos tempos: a de uma cultura ou contracultura jovem. Embora existissem skatistas na década de 1960 (Cesinha Chaves relata que começou a andar de skate em 1968), foi somente na década de 1970 que o skate começou a aparecer em revistas especializadas. Esta matéria, portanto, tem como objetivo traçar um painel dessas publicações, contando um pouco a história das principais revistas de skate no país.

AS PIONEIRAS

Antes de surgirem revistas específicas sobre skate, a editora Abril já apostava na existência de uma cultura jovem no país. Assim, em 1972 surgiu a primeira revista voltada para a juventude brasileira, notoriamente tendo o rock como assunto principal. A Revista POP teve 82 edições em seus quase sete anos de existência, entre novembro de 1972 e agosto de 1979. O interessante é notar que essa revista trouxe o skate como um tema de destaque em diversas edições, chamando a atenção para campeonatos e skatistas de destaque na época, como Jun Hashimoto, Kao Tai, Marcelinho e Luis Roberto Rodrigues de Moraes (o “Formiga Atômica”).

No entanto, a primeira revista específica sobre Skate que surgiu no Brasil foi a Revista Esqueite, que teve apenas duas edições (a primeira de setembro de 1977 e a segunda de outubro/novembro de 1977). Hoje essa revista é considerada uma relíquia no país, item de colecionador. Apesar do expediente da Esqueite trazer Waldemiro Barbosa da Silva como diretor responsável, a cabeça pensante (e atuante) era na verdade Sérgio Moniz. O mesmo Moniz que, pouco tempo depois, lançou o Jornal do Skate, publicação editada no Rio de Janeiro entre 1978 e 1979 (posteriormente, na década de 1980, o Jornal do Skate foi reeditado em forma de Zine, em formato "micro", entre os anos de 1985 e 1986).

Em 1978 surgiu a segunda revista específica sobre skate no Brasil, a BRASIL SKATE, que em três edições cumpriu um papel importante no período, por atuar como uma das pioneiras na divulgação do skate no país. Segundo Cesinha Chaves, editor adjunto da BRASIL SKATE, o objetivo era “mostrar a nova onda concreta... O skate que começou como uma extensão do surf e estava ganhando independência, caminhando numa nova direção com pistas de skate, campeonatos e uma cultura própria”. A qualidade gráfica dessa revista, os textos e as boas imagens que trazia – inclusive com manobras em sequência – fizeram da BRASIL SKATE uma referência obrigatória para se compreender o skate vivido nos anos finais da década de 1970.

POPULARIZAÇÃO DO SKATE

Diferentemente da década anterior, os anos 1980 foram marcados por uma maior quantidade de revistas existentes no mercado editorial brasileiro, em função da crescente popularização do skate, principalmente na segunda metade da década. Em 1985 surgiu, pela Brasil Repórter Editora, a revista Overall, que em sua edição de número zero exibia na capa o skatista Álvaro “Porquê” – fazendo jus ao título de Overall, uma vez que o Porquê mandava ver tanto no vertical quanto no street. Na edição número dois a Overall passou a ser publicada pela Trip Editora.

A Overall e a Skatin’, que surgiu em 1988 pela editora Azul, foram as duas publicações mais influentes do período. No ano de 1986, talvez como um reflexo da cultura punk que ficava cada vez mais forte em São Paulo, surgiu a revista Yeah!, dotada de um visual mais underground, com muitos desenhos e dicas de bandas de rock e punk rock.

Além dessas publicações, a década de 1980 contou também com revistas de menor circulação, mas não menos importantes enquanto documentos que registram uma época. Entre os anos de 1988 e 1990, circulou a revista SKT NEWS, na verdade mais um fanzine sobre skate, de menor tamanho e distribuição gratuita. Para completar o quadro, não podemos nos esquecer da revista VITAL SKATE, cujo editor era Itagyba de Oliveira. A Vital Skate nasceu como uma edição especial da revista de saúde Vital. Ainda nos anos 1980, vale destacar também o álbum de figurinhas Overall Skate Stamps, que circulou em 1987 e foi responsável pelo primeiro contato de toda uma geração com o skate.

QUEDA E RENASCIMENTO

Uma bomba marcou o começo dos anos noventa para o Skate brasileiro: o fatídico Plano Collor. Com as poupanças bloqueadas, inflação galopante e corte de gastos, é óbvio que o emergente mercado nacional de Skate pagou o pato. A Yeah! já havia se despedido, e entramos na década com dois títulos apenas: a Overall, que resistiu até Maio de 1991, quando lançou uma edição tapa-buraco (Skate Pôster), e a Skatin’, cuja última edição é de Setembro de 1990. O informativo SKT NEWS circulou até a edição 19, de set/out de 1990.

Mas não foi só a crise brasileira que marcou esse início de década. A revolução do shape double deck, das rodas torneadas e das manobras técnicas, bateu de frente com uma geração de skatistas, comportamentos e marcas bem estabelecidas, que não acharam graça nenhuma em ceder seu reinado (vide a famosa briga de anúncios entre Powell Peralta e Blind). O Skate mergulhou, mais uma vez, na chamada fase underground. E o Brasil foi junto, é claro.

Depois de um hiato de alguns meses sem nenhuma publicação de skate no país, a Tribo Skate deu as caras em setembro de 1991, com Marcelo Just na capa. A revista de 28 páginas agrupou remanescentes de todos os títulos dos anos oitenta, Overall, Yeah!, Skatin’, Skt News e Vital Skate. Por falar em Vital, ela ressurgiu no início da década, não mais como edição especial da revista de Saúde, mas ainda pela mesma Editora Ondas. O nome passou a ser VS (Vital Skate Magazine) e foram lançadas apenas duas edições, uma em 1991 e outra em 1993.

Em 1994 surge a revista One Street Magazine, capitaneada por Diorandi Nagao. Teve vida breve: apenas duas edições foram lançadas. Em agosto de 1995, o então skatista profissional Alexandre Vianna publica a primeira edição da 100% Skate Magazine, na verdade um zine preto e branco com oito páginas e Bob na capa. Era o começo de uma história de conceito, credibilidade e longevidade.

Na segunda metade da década, as coisas começaram a melhorar para o mercado de Skate brasileiro, e isso refletiu na qualidade das revistas. As revistas aumentaram o número de páginas, melhoraram o papel e abandonaram as páginas em duas cores, fazendo publicações coloridas e com mais anunciantes. Como prova do fortalecimento do
mercado, até o Nordeste (região carente de investimentos no Skate) ganha sua legítima representante com o lançamento da Method Skate Magazine, revista editada por Robson Pinheiro à partir de 1997.

DÉCADA DA FARTURA

Antes de abordarmos as revistas surgidas à partir do ano 2000, vale lembrar que a intenção é pontuar as revistas mais importantes do mercado, com circulação nacional, periodicidade bem definida, etc. Não foi possível citar cada zine lançado, ou cada revista regional de vida curta, apesar de sabermos de sua importância local.

Inaugurando a década, surge a Rio Skate Mag. Foram 14 edições da revista carioca, entre 2000 e 2004, tendo a dupla Adriano Salgado e Dhani Borges no comando. Ainda em 2000, mais precisamente em maio, Ramon Oliveira lança a 40 Polegadas, revista dedicada ao Longboard e suas vertentes. Dez edições foram publicadas no formato impresso, e em 2003 passou a ser uma revista eletrônica. Outra contribuição carioca para o mercado editorial foi a revista SK&B (Skate&Bordas Magazine), cujo debut data de janeiro de 2001. Era um projeto do skatista, jornalista e punk rocker Jorge Luiz Souza, o Tatu. Sua morte, em 2005, decretou o fim da revista.

O ano de 2004 presenciou o nascimento de várias revistas de skate: Skate Jam, Vista, SKT, Switch, Pense Skate e Ôxe. A quantidade impressiona, mas apenas Vista e SKT tiveram distribuição em todo território nacional. A Vista Skateboard Art, de Porto Alegre, trouxe Rômulo Geléia na capa da edição número 01. Em São Paulo, a dupla Walter Garrote e Charles Franco criou a revista Skate Jam, que ficou apenas no primeiro número (Mineirinho na capa). A Pense Skate, do Rio de Janeiro, foi lançada em março, com um formato um pouco menor, e hoje em dia existe apenas na Internet. Para suprir a carência deixada pelo fim da Method em 2003, Júlio Detefon criou a mini-revista Ôxe, veículo voltado ao mercado nordestino. O interior de São Paulo também ganhou sua revista, com o surgimento da Switch, em setembro, cujo Diretor Geral é Cássio Ferrer. E em novembro a SKT alcançou as bancas de todo o país, publicada pela Editora Peixes e tendo como editor chefe Vinicius Albuquerque.

Assim, entre 2004 e 2008, tivemos quatro revistas de circulação nacional especializadas em skate: CemporcentoSKATE, Tribo, SKT e Vista. Além delas, as revistas de circulação local/regional, os inúmeros zines e sites, formando um panorama abrangente e significativo. Um marco para o Skate brasileiro, fruto do crescimento, profissionalização e estrutura do meio.

UMA NOVA FASE

Janeiro de 2009. É anunciada a fusão da CemporcentoSKATE e SKT, além da criação da Editora ZY, pelo Publisher Angelo Rossi em parceria com Alexandre Vianna e Vinicius Albuquerque. Segundo Alexandre Vianna, "o mercado e o esporte precisam de um produto editorial de melhor qualidade e circulação, um título que busque credibilidade para colocar o Brasil no mapa internacional das melhores revistas de skate do mundo". Somando forças e os pontos fortes de ambas publicações, nasce uma nova proposta, ciente da sua responsabilidade com o Skate nacional e, ao mesmo tempo, sedenta por mostrar serviço. O nome se mantém CemporcentoSKATE, mas com a união das duas equipes e uma reformulação editorial para uma nova era.


[Matéria originalmente publicada na revista CemporcentoSKATE, edição 132/01







Revistas antigas
Revista Esqueite (1977)


 
 


Revista Brasil Skate (1978)
 


Revista Overall (1985)
   


Revista Yeah! (1986)
 




Revista SKT News (1987)


Revista Skatin' (1988)



Revista Vital Skate (1989)

 






1ª Revista de Skate no Brasil

 
                    Primeira publicação sobre skate no Brasil 1977
                                             Primeira publicação sobre skate no Brasil 1977


Editorial bem legal!
As manobras da época…124!

A Revista ESQUEITE , ano 01 numero 01, de 1977, e considerada a primeira publicação (revista) especialmente dirigida ao esporte skate.

Na capa o skater Waltinho na recém construída pista de Nova Iguaçu RJ(considerada a primeira pista de skate feita no Brasil) realizando a manobra “Kick-Turner”, foto de Sérgio Muniz.
O editorial e de Waldomiro Barbosa da Silva.


 Diretor Técnico e de fotografia – Sérgio Muniz.
A nova revista abordava assuntos: como julgar campeonatos, como manter o skate sempre perfeito, Pistas de skate,e quem é quem? dos skater da época.


 Com tiragem de 2.000 mil exemplares, só foram publicadas revistas de numeros 01 e 02 as de setembro e outubro de 1977, hoje consideradas Raras, e hoje nos acervos dos colecionadores.
Acervo – Eduardo Yndyo




Você sabia que...


- No 1° Campeonato Brasileiro de Pista do Clube Doze de Agosto (1978), em Jurerê, Florianópolis (SC), as categorias eram Senior (acima de 15 anos) e Júnior? Os campeões foram os paulistas Jun Hashimoto e Formiga.

- Amador, Semi-Profissional e Feminino: assim eram as categorias nos champs brasileiros do Itaguará Country Club, em Guaratinguetá (SP). Foram cinco eventos: 82, 83, 84, 85 e 87. No semi-pro a premiação já era em dinheiro.



Campeonato Brasileiro de Skate no Itaguará Country Club - Guaratinguetá (Foto por Petrônio Vilela)

- Houve uma época que o Renato Cupim corria no downhill como profissional e no vertical como amador (88, 89). Estranho, não?

- Léo Kakinho, hoje surfista e skatista, correu como pro no banks de Guará em 1987. Enfrentou o temível Álvaro Porquê? de igual para igual. Não ganhou, mas logo depois voltou para amador por mais dois anos!!

- Os maiores salários de pro-skaters brasileiros na década de 80, foram pagos em 1988 e 1989. Sem maiores registros, Daniel Bourqui embolsava legal na Sea Club. Dinho e Porquê? receberam boa grana da M2000. Mureta chegou a mais de 10 salários mínimos num mês da Coast (isto era muito na época), na equipe que ainda tinha Kakinho, Cris, Mikuim e Bigo. Fernandinho Batman também faturou legal com a Lifestyle e a Stanley.

- Rudinaldo Narina, ex-vert-pro, recebeu salário da Plancton sem poder andar de skate por um ano, depois de quebrar a perna.

Estas são apenas algumas das várias curiosidades que a história do skate oferece. Fique ligado no Skate é Cultura, pois em breve, vários outros fatos serão esclarecidos.

Você sabia destas curiosidades? Deixe seus comentários logo abaixo ou na caixa de mensagens.

Fonte: Revista Tribo Skate. Número 11. 1994.

Foto enviada por: Eduardo "Yndyo"





Grito da Rua 2

Grito da Rua: Entrevista com Cupim (Parte 1)

RENATO CUPIM CAMPEÃO BRASILEIRO NOS ANOS 80





Grito da Rua - Programa

O Grito da Rua foi um programa que revolucionou uma geração na década de 80. Apresentado por Eduardo Dardenne, mais conhecido como "Badeco" , o programa ia ao ar todos sábados pela TV Gazeta (SP), onde era líder de audiência(com 3 pontos)e com sua reapresentação ocupando o segundo lugar.

 O Grito da Rua foi o primeiro programa da tv brasileira destinado ao público jovem, além de apresentar a cena d...o skate da época o programa mostrava de um modo descontraído as manobras radicais,os melhores clips musicais,o comportamento e muita técnica dos skatistas destaques da época. Entre eles , nomes como Cupim, Thronn, Fernandinho Batman, Beto or Die, Cabralia, Chorão (banda Charlie Brown Jr), Pois Zé, Porque, Mureta e muitos outros que hoje representam o Skate Brasileiro no cenário Mundial como Ueda, Bob Burnquist e Mineirinho. 


 O Grito da Rua durante esse tempo foi a alegria dos fins de tarde de sábado dos skatistas da época, criou hinos como as musicas; Ceremony, de Joy Division, Flowers by the door, do TSOL, fora as que representavam o movimento como; Agent Orange, Dead Kennedys, Ramnes, Pixies...
As matérias do Grito da Rua "Mustabi Creize onde tudo Começou, Circuito Bebê Diabo"", loja onde era produzido o programa e que foi a primeira a vender materiais de skate em Såo Paulo, entrevistas como as do "Cupim", skatista revelação da Mustabí,assim como as do "Thronn", campeão brasileiro de street, "Fernanrdinho Batman"campeão de Downhill, além de matérias do "Grito da Rua em Moema" , do "Grito da Rua Alto de Pinheiros ", do "Grito da Rua no Pico do Jaragua", de "Manobrinhas"que mostraram a essencia do Grito, e o trailer da viagem "Grito in USA", que nunca foi ao ar, marcando assim o fim do programa, estão AQUI disponíveis para que você possa rever e recordar os bons momentos da era de ouro do skate brasileiro. Cadastre-se que em breve mais matérias estarão disponíveis. O grito da Rua não morreu!

 Grito da Rua
Produzido nos anos 87/88.
Líder de audiência na TV Gazeta SP/SP.
Todos os sábados as 19H com reprise aos Domingos as 10H.
Apresentação e reportagens: Eduardo Dardenne Badeco
Câmera e produção musical: Edu Lotf.
Edição : Willian de Rogatts
Direção: Davilson Brasileiro
AGORA QUER VOLTAR!!!
Esta interessado entre em contato com o Eduardo Dardenne Badeco
Veja os vídeos:
Grito da Rua - Thronnn



Este é figurativa, sua história dá um filme. Meu broo Super Thronésio.
Grito da Rua
Produzido nos anos 87/88.
Líder de audiência na TV Gazeta.
Todos os sábados as 19H com reprise aos Domingos as 10H.
Apresentação e reportagens: Eduardo Dardenne Badeco
Câmera e produção musical:
Edu Lotf.
Willian de Rogatts
Direção: Davilson Brasileiro

Grito da Rua - Ladeira da Morte
Fernadinho Batman, Urso, Paulo Coruja, Flávio Ascânio, Daniel Kim, Cupim, Digo Menezes, Dani Milani, Renato Bacaninha, Chileno, Alexandre Ribeiro, Cristiano Foca, Kiko Codina, Alexandre Maia e outros





Manobras de skate

Uma lista com algumas manobras do skate, confira!!!


Flip - consiste em fazer com os pés que o skate saia do chão rodando em parafuso.



Grinds - consiste em fazer que o skate deslize com os eixos sobre uma superfície ou borda metálica ou de concreto.



Board Slide- consiste em fazer que o skate deslize com um pedaço da prancha sobre uma superfície ou borda metálica ou de concreto.

Ollie - Manobra básica do street, é o salto, e consiste em bater a rabeta no chão e pular para frente mantendo o pé dianteiro colado no shape. Para mandar ollies cada vez mais altos, é necessário força e agilidade, sincronizando os movimentos. Uma variação do ollie, o nollie, consiste nos mesmos movimentos, só que pressionando o tail (parte da frente) do shape.



Olie-Flip - Conhecido também como kick-flip pelos americanos, em outras palavras é dar um ollie usando a ponta do pé e virando o skate no seu eixo logitudinal. Na maioria da vezes é a primeira manobra que um skatista iniciante aprende.



Fakie Hardflip - Depois de dar uma acelerada no skate, vir de costas e mandar um ollie flip. Deve-se ficar atento porque, enquanto o skate precisa girar o flip em 180o para trás, o corpo gira para frente.



360º Kick Flip - Posicione o pé de trás chapado no tail e o da frente um pouco atrás dos parafusos, como se fosse dar um flip. Dê um certo gás para se aproximar do obstáculo. Pressione o tail como se fosse dar um shove-it 360 e, ao mesmo tempo dê um toque no pé da frente para girar o flip. Espere o skate fazer a volta completa para encaixar nos pés. Volte na base.


FrontSide Ollie 180º - Pegue uma velocidade razoável e posicione os pés como no ollie normal. O seu corpo é a grande ferramenta para executar a rotação. Portanto, quando bater o ollie, vire o corpo para a frente. Como no ollie, mantenha o corpo equilibrado e vire o corpo acompanhando o movimento de 180º do skate. Seu tronco, auxiliado pelo movimento dos braços, vai ser o giro para inverter a base. O seu pé de trás carrega o tail para a frente, quase com o calcanhar. Quando estiver no chão, equilibre-se na perna de apoio da frente.



Tail Drop - O tail drop não é uma manobra. É uma forma de iniciar a session em rampas, bowls, banks, quarters etc, para se pegar velocidade na descida da transição. É fundamental quando se trata de dropar uma transição. Posicionado na plataforma da pista ou rampa, segure firme o skate pelo nose e encaixe o tail na borda ou sobre o coping. Ajuste o seu pé de trás no tail e pressione pra segurar o skate na posição de drop, mantenha a pressão nesse pé. Tire o outro pé da plataforma, o da frente, e o posicione na altura dos parafusos do eixo dianteiro.

Mantenha seu peso no pé de trás, para que ainda fique com o skate encaixado na borda. O lance é trasnferir o peso do pé traseiro, para o pé da frente, pisando na parte dianteira. Flexione os joelhos para ter maior equilibrio no drop. Mantenha o seu corpo acompanhado a trajetória do skate. Fique atento para que seu corpo não caia nem pra frente e nem pra trás, mantendo o equilíbrio ao acompanhar a velocidade do seu skate.


50/50 - Inicialmente dependendo do tamanho do obstáculo é preciso dar um ollie e encaixar com os eixos(trucks) e arrastá-los sobre o obstáculo. O obstáculo pode ser uma caixa, um ferro, um corrimão, etc. É uma manobra fácil de aprender, mais é preciso muita prática.

Axle Drop - Desta vez encaixe os dois eixos na borda do coping, ao contrário do tail drop, posicione o pé da frente primeiro e tente encontrar o ponto de equilíbrio pra que o skate não caia pra dentro da rampa. Tire o outro pé da plataforma e coloque sobre o tail. Quando sentir que está equilibrado, vem a hora de descer.

Como fosse dar uma batida, alivie o pé da frente e force o pé de trás, flexionando os joelhos, direcionado o skate para o centro da rampa. Quando perceber que o nose está embicado pro centro da rampa, pressione o nose do skate até as rodas encostarem na parede da transição, mantendo os joelhos flexionados. Naturalmente, o eixo traseiro vai desconectar da borda ou coping e vai acompanhar a transição.



Smith Grind - manobra utilizada para descer em corrimãos. A manobra, consiste em deslizar com o track traseiro do skate sobre a superfície. O primeiro passo para o smith grind é o impulso, se posicione próximo ao cano, o movimento inicial para o smith, é o ollie, que depende da altura da superfície. Após o ollie encaixe o skate no corrimão, mas o encaixe deve ser feito de uma forma diferente, ou seja, execute um ollie que ultrapasse a frente do nose, encaixando apenas o truck traseiro.

Mantendo-se sobre o obstáculo, controle-se para se manter em cima do corrimão, concentre o seu peso, sobre o truck traseiro, e mantendo o equilíbrio, controle o nose para que não embique para baixo. Controle o skate para não cair, o truck traseiro irá deslizar sobre o corrimão.Se prepare para sair do corrimão, uma das formas mais simples de sair do smith, é levantar o nose, e dar um impulso com a parte traseira. Outra forma que é de reverse, consiste em girar o truck de trás para frente. Uma boa dica é sempre manter-se firme no skate, e flexionar os joelhos para dar maior estabilidade.


NoseGrind - Manobra muito parecida com CrocketGrind que é dado de Back. Enquanto o NoseGrind é dado de From, ou seja tendo um pequeno caixote ou um fun-box, pegue um gás e direção ao caixote vindo de From. Seu corpo ficará de frente para o obstáculo. Chegando próximo do obstáculo mande um ollie sobre o obstáculo forçando o pé da frente com o nose sobre a ponta do caixote.

Possivelmente o skate irá deslizar apenas com o truck e nose dependendo da forma que encaixar no obstáculo. Para concluir esta manobra basta soltar levemente forçando para frente o nose ou mandando um pequeno nollie. O segredo desta manobra é saber como encaixar o nose sobre o obstáculo. Um forma de aprender esta manobra rápido é estudar o noseslide ou crocketgrind, manobras que utilizam o nose do skate para deslizar sobre um obstáculo.



Street Style- praticada nas ruas ou em quadras esportivas que simulam a arquitetura encontrada nas ruas através de rampas.

Half Pipe ou Vertical- praticada em rampas em formato de U, geralmente com mais de 3m de altura, possuindo vertical na parte mais alta da pista.



Mini Ramp - praticada em pistas em formato de U, abaixo de 3 m de altura.



Downhill slide - praticada em ladeiras podendo ser com o skate convencional ou longboards - skate maiores de 35 polegadas.





Componentes do Skate


O skate é composto basicamente por quatro partes. São elas: shape, truck, rolamento e roda. O shape é a tábua de madeira na qual o skatista apóia os pés. Hoje em dia a evolução dos modelos proporciona maior equilíbrio e facilidade na hora de dar as manobras.

Geralmente os shapes são iguais dos dois lados, aumentando a variedade de manobras. A lixa é colocada sobre a parte superior e prende o pé do skatista.

O truck funciona como um elo de ligação entre o shape e as rodas. Ele é preso ao shape e tem grande importância. Os melhores são os que apresentam grande resistência e flexibilidade.

O rolamento é essencial para um bom desempenho do skate e quem determina a velocidade que o mesmo irá ter. Geralmente um rolamento mais resistente é utilizado para o street e os mais rápidos para o half pipe.

Por último vêm as rodas. São elas que tem todo o contato com o chão e proporcionam a estabilidade além da velocidade ao atleta. Uma boa qualidade das rodinhas faz muita diferença na hora de andar.





Profissão Skatista

Enquanto que nos anos 80 andar de skate não era nem considerado um esporte aqui no Brasil, hoje ele é o 2º mais praticado no país e ser skatista profissional é o sonho de muita gente. Essa é uma realidade mais próxima dos brasileiros, já que é um esporte acessível.

O próprio skate não é caro e existem várias pistas para praticar e qualquer um pode comprar. "A maioria começa com skate emprestado do amigo", comenta Sandro Dias, skatista profissional.

Também já existem mais marcas no país, e elas estão dispostas a patrocinar os “atletas” brasileiros, que são bem valorizados lá fora. Durante a coletiva de imprensa do documentário Vida sobre Rodas, Bob Burnquist, explicou que saiu do país pois não via espaço para crescer com o skate aqui, fala que hoje as coisas mudaram: “Naquela época eu via aqueles vídeos e queria andar com aqueles caras, andar naqueles skates. Mas hoje a grande mídia aqui dá bastante destaque, apesar de lá haver mais eventos. Hoje, quem começar a competir agora, pode ter o Brasil como base e ir viajar.”
Mas segundo o pentacampeão mundial, Sandro Dias, não se deve começar a andar de skate com o objetivo de se tornar profissional: “Não pense nisso, ande de skate para se divertir, esse é o objetivo.” Ainda no espírito da diversão, Burnquist deu uma dica importante: “Se você acha que tem talendo, pega um amigo para filmar suas manobras e mande para os distribuidores. Eu mesmo entrei assim e hoje é bem fácil com a internet. Antes tinha que mandar por VHS, pelo correio.”

Porém, Bob Burnquist faz uma ressalva: “Não coloque a expectativa lá em cima. O primeiro evento que participei, eu ganhei e já achei que estava fácil demais. Daí do segundo fiquei em 32º.”





30 skatistas mais influentes de todos os tempos


               
                               Capa da Revista com arte de Shepard Fairey (Reprodução)


A edição de janeiro da revista Transworld Skateboarding listou os 30 skatistas mais influentes de todos os tempos, e quem está no topo da lista é o meu skatista favorito, o meu preferido pra fazer posts: Mark Gonzales. Eu tenho até que maneirar pro blog não virar uma espécie de fã clube do Gonz. A lista do que o Gonzales fez para o skate se transformar no que é hoje é gigantesca,vai de descer corrimãos de rua, ser o primeiro skatista a andar de switchstance conscientemente, levar os flips para as ruas, até ser um artista de renome.

Além do Mark Gonzales, fazem parte da seleção da TWS, Paul Rodriguez, Daewon Song, Jason Dill, Steve Williams, Geoff Rowley, Heath Kirchart, Jason Jesse, Duane Peters, Mike Vallely, Tom Penny, Ed Templeton, Neil Blender, Lance Mountain, Jamie Thomas, Mike Carroll, Guy Mariano, Steve Caballero, Pat Duffy, Chad Muska, John Cardiel, Andrew Reynolds, Natas Kaupas, Tony Alva, Matt Hensley, Danny Way, Eric Koston, Christian Hosoi, Rodney Mullen e Tony Hawk.

No site da TWS tem fotos e uma pequena intro de todos os 30, mas vale a pena ter a revista pra ler na íntegra. http://skateboarding.transworld.net/1000150173/features/the-30-most-influential-skaters-of-all-time/


                  
                   Quando o Gonz esteve no Brasil, em 2010, fiz questão de fazer uma foto ao lado dele e dizer pessoalmente que era o dia mais feliz da minha vida (foto: Andrea Ramos)